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Produção de oxigênio hospitalar pode quadruplicar se houver necessidade, diz Secretaria de Saúde do Piauí

De acordo com o superintendente, o abastecimento do oxigênio hospitalar é feito de duas formas no estado.

FOTO: Reprodução

A produção de oxigênio hospitalar no Piauí pode quadruplicar em caso de necessidade, afirmou a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). A declaração foi feita devido à repercussão da crise sofrida por Manaus, capital do Amazonas, por falta do produto, que é imprescindível para tratamento de casos mais graves da Covid-19.

“Conforme o contrato que temos com a empresa que produz oxigênio hospitalar, ela tem condições de até triplicar, quadruplicar a produção se houver necessidade em uma ocasião, por exemplo, que possamos aumentar mais ainda o consumo de oxigênio”, afirma o superintendente de gestão da rede de média e alta complexidade da Sesapi, Alderico Tavares.

De acordo com o superintendente, o abastecimento do oxigênio hospitalar é feito de duas formas no estado. A primeira é através de cilindros com ar comprimido. Geralmente, utilizados para o transporte de pacientes.

A segunda forma é por uma rede de distribuição física. Tanques construídos em hospitais contendo o oxigênio. “A ideia do governo é depender cada vez menos do sistema de cilindros e ampliar o fornecimento por meio de construções físicas contendo oxigênio hospitalar”, afirmou.

Alderico Tavares explicou que há dificuldades de logística com os cilindros e que os gastos são maiores. “Então temos essa preocupação de ter um ponto físico de oxigênio para cada leito. Para dar mais assistência aos pacientes em toda a rede hospitalar”, disse.

Oxigênio e Covid-19

A concentração de oxigênio (O2) no ar que respiramos é de 21%. É o suficiente para manter o corpo funcionando, desde que esteja saudável. Em uma situação de enfermidade em que o pulmão, órgão responsável pela respiração, se torna frágil devido a alguma complicação, como em casos graves de Covid-19, a exigência e o tipo de oxigênio são maiores que a quantidade presente na atmosfera.

“A Covid-19, de um modo especial, é uma doença que tem um amplo espectro de degradação do sistema respiratório. Com isso a saturação de oxigênio no sangue diminui e quando se tem o caso de aproximadamente 90% de comprometimento do pulmão é necessário a utilização de oxigênio medicinal, utilizando-se oxigenoterapia”, explicou o químico Romero Alves.

O oxigênio hospitalar vem de um processo industrial que extrai da atmosfera a forma mais pura do gás. Para isso o ar é comprimido e depois resfriado. No processo seguinte é purificado para a retirada de contaminantes.

Logo após, é feita a destilação dos gases onde nitrogênio, argônio e o oxigênio são separados. Em seguida o O2 pode ganhar a forma líquida ou gasosa. E só então é armazenado em cilindros, tanques ou caminhões próprios para o transporte.

Na maior empresa de produção de oxigênio hospitalar do Brasil, a fabricação nas últimas semanas foi maior que quase todo o período desde o início da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.

G1 PI

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