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Cerca de 8.500 pessoas com câncer no Piauí podem ter tratamento comprometido em 2020

A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que aponta para o comprometimento de 625 mil casos em todo o país. 

No Piauí, 8.500 pacientes com câncer podem ter o diagnóstico e tratamento comprometido em 2020,  levando em consideração a pandemia da Covid-19. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que aponta para o comprometimento de 625 mil casos em todo o país.

“Nesse cenário catastrófico dessa pandemia, as demais doenças não pararam de progredir. Na nossa especialidade, cirurgia oncológica, a gente tem um pilar que é muito importante que é o diagnóstico precoce dos tumores, porque assim aumentam as chances dos pacientes serem tratados adequadamente e curados. Como há um atraso, existe uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer para 2020, de 625 mil casos no Brasil e só no Piauí 8.500 casos, aproximadamente, no ano de 2020. Com essa parada no diagnóstico, no tratamento, no segmento desses pacientes, a  gente tem uma preocupação em relação a continuação disso, podendo causar atraso no diagnóstico, no tratamento e até mesmo aumentar a mortalidade desses pacientes”, disse o cirurgião oncológico Francisco Karlos Leal, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.

Somente no mês de abril, 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. O dado é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Os pacientes ficaram sem radioterapia, sem quimioterapia e sem a possibilidade de operar, uma vez que a pandemia da Covid-19, cancelou 70%  das cirurgias de câncer no Brasil, entre os dias 11 de março e 11 de abril, o que equivale a 116 mil procedimentos.

O médico pontua que, mesmo com alas separadas nos hospitais, com ala Covid e não Covid, os pacientes têm receio de buscar atendimento médico com medo de contaminação pelo vírus.

“Não abandonar o tratamento, se tiver sintomas, procurar o médico para ser diagosticado e tratado”, orienta Leal que opinou ainda sobre a teleconsulta para pacientes oncológicos.

“O nosso Conselho liberou a teleconsulta com algumas regras. Acho que, nesse momento, a gente pode fazer o uso dessa ferramenta. O contato visual é importante, a conversa (anamnese), e se suscitar alguma dúvida para o exame físico, o médico marca para não haver aglomeração de pessoas e fazer o exame físico. Acredito que a teleconsulta ajuda a minimizar os danos futuros em relação a falta de diagnóstico precoce.

FONTE: Cidade Verde

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