“O sentimento é que os partidos da base estão querendo me colocar pra fora. Eles querem que eu me candidate”, disse o governador do Piauí, Wilson Martins, à TV Cidade Verde antes de embarcar nesta terça-feira (14) para cumprir agenda política e oficial em Brasília.
Com esta declaração, o chefe do Estado Estadual assumiu, pela primeira vez, e com todas as letras, que a possibilidade de sair do cargo em abril para disputar vaga no Senado Federal é maior do que a chance de concluir seu mandato no Palácio de KarnaK.
“Essa é uma demanda dos partidos aliados que compõem a base. Mas garanto que não há sangria desatada. Queremos dar continuidade ao trabalho iniciado ainda em 2010. Esse é o sentimento de agora”, revela o governador.
Nas contas de Wilson Martins, são 17 partidos aliados que fecharam apoio ao projeto encabeçado pelo governador que terá como cabeça de chapa Marcelo Castro, candidato ao governo, Sílvio Mendes, candidato a vice, e Wilson Martins como candidato ao Senado.
Na oportunidade, ele também esclareceu outra polêmica. Um jornal de circulação nacional afirmou que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) teria exigido que o governador cumprisse seu mandato.
“Encontrei o Eduardo no fim do ano e disse que a expectativa era permanecer no governo. Esse sempre foi meu sentimento no momento. Hoje continua o mesmo sentimento, mas ouvindo e acompanhando outras discussões. O PSB do Estado tem autonomia para decidir”, revela.
Nesta terça-feira, o governador viajou para Brasília. Lá ele cumpre agenda oficial no Ministério de Educação e Cultura (Mec) e ainda deve participar de reunião com líderes nacionais do PMDB e do PSDB.
“Marcelo Castro é o nome que vamos discutir na época oportuna. Esse é o sentimento de todos. Esse grupo deve ser concluído com o PSDB com o vice, todos estão recebendo com aplausos o nome de Sílvio Mendes. Prego batido e ponta virada? Tá bem encaminhado, mas vai depender do andamento das obras e das convenções de junho”, esclareceu.
Palanques presidenciais no Piauí
Wilson Martins mandou, ainda, recado para a oposição que critica que a aliança entre PMDB, PSDB e PSB não dará certo porque tem três candidatos a presidência.
“Estão agora querendo botar defeitos. Estão dizendo que a aliança não vai ser aceita pelos candidatos a presidência. Podem procurar outra desculpa que essa não vai colar. A campanha presencial vai ser feita de forma eletrônica [rádio e TV] e nos casos de passagens de candidatos, cada partido vai receber o seu e fazer sua festa”, explica o governador.
FONTE: Cidade Verde
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