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Hipertensão arterial avança no Brasil

É o que mostra pesquisa inédita do Ministério da Saúde realizada entre fevereiro e dezembro de 2018 com 52.395 mil participantes acima de 18 anos.

O maior desafio da saúde pública é a prevenção das doenças que mais afetam a população. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto os olhos são a porta de entrada do diagnóstico de diversas alterações sistêmicas. Este é o caso da hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, a mais frequente doença crônica no Brasil, responsável pela morte de 16 pessoas/hora no país.

É o que mostra pesquisa inédita do Ministério da Saúde realizada entre fevereiro e dezembro de 2018 com 52.395 mil participantes acima de 18 anos. O levantamento revela que a hipertensão arterial não se restringe aos idosos. Um em cada 4 brasileiros com mais de 18 anos recebeu diagnóstico no ano passado, contra 22,6% em 2016.  Na população com 65 anos ou mais 60,9% são hipertensos e 49,5% dos que têm de 49 a 64 anos.

Queiroz Neto afirma que a pressão alta é caracterizada por valores iguais ou acima de 14 por 9 mm/Hg e nem sempre apresenta sintoma. Por isso,  muitas pessoas só descobrem a doença durante a consulta oftalmológica. Isso porque, provoca danos nas artérias da retina que exigem acompanhamento periódico do oftalmologista, além da aumentar o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto, doenças cardíacas e insuficiência renal que devem ser acompanhadas de cardiologista e nefrologista nos casos em que os rins também são atingidos.

O risco do sal

O oftalmologista destaca que na alimentação o maior inimigo da hipertensão arterial e da visão é o consumo em excesso de sal que no Brasil chega a 12 gramas/dia.  Isso porque, explica, o sal de cozinha contém sódio e quando é consumido acima dos 5 gramas/dia conforme preconiza a OMS (Organização Mundial da Saúde), os rins não conseguem filtrar tudo. Por isso, o sódio fica depositado na corrente sanguínea onde retém água. Resultado: ”Aumenta o volume do sangue e leva à hipertensão arterial, além de predispor às retinites relacionas à má circulação”,  esclarece.

Outro efeito do excesso de sal na visão elencado por Queiroz Neto é o aumento do risco de contrair catarata. Isso porque, dificulta a manutenção da pressão osmótica entre as células do cristalino que necessitam de baixo nível de sódio para manter a transparência.

FONTE: Portal o Dia

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